Políticas públicas para a velhice: o que se espera do próximo governo

A pouco mais de uma semana do Dia Internacional da Pessoa Idosa, candidatos não têm se manifestado sobre esse segmento da população Em 1º. de outubro, comemora-se o Dia Internacional da Pessoa Idosa. Será a véspera do primeiro turno das eleições, por isso aproveito para tratar de uma questão que vem sendo relegada ao segundo (ou seria quinto?) plano: as políticas públicas voltadas para o envelhecimento ativo dos cidadãos. Não estou sozinha na empreitada. Pedi a contribuição de estudiosos do assunto e começo pelo médico e gerontólogo Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil (ILC-BR), que também dirigiu o Departamento de Envelhecimento e Curso de Vida da Organização Mundial da Saúde. “Há 35 milhões de brasileiros com 60 anos ou mais e estamos envelhecendo num cenário de enorme desigualdade”, analisa, propondo cinco eixos de ação:

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O que você pode aprender com cinco pesquisas sobre fatores de risco para o coração

Novos estudos ratificam a importância de dormir bem, adotar uma dieta saudável e prestar atenção redobrada aos problemas cardiovasculares femininos Fibrilação atrial feminina: doenças coronarianas são a principal causa de morte entre mulheres e uma em cada quatro desenvolve fibrilação atrial – o que aumenta as chances de um derrame. Diabetes e tabagismo são mais perigosos para o sexo feminino e a hipertensão tende a ser mais prevalente e menos controlada entre idosas. Some-se a isso o fato de as mulheres vivenciarem experiências como a gravidez e a menopausa, com grandes mudanças hormonais. Resultado: fatores de risco específicos de gênero vêm ganhando atenção dos pesquisadores. A fibrilação atrial é uma das condições nas quais as questões reprodutivas acendem um sinal amarelo. Cientistas britânicos usaram dados do UK Biobank e examinaram o papel de características como: idade da primeira menstruação e da menopausa, regularidade do ciclo menstrual, nascimento do primeiro filho, número de gestações que chegaram a termo e total de anos reprodutivos. Com informações de mais de 235 mil mulheres, o estudo mostrou que a menarca que ocorre cedo ou muito tarde; menstruações irregulares; nenhuma ou múltiplas gestações; ou menopausa precoce ou tardia geram um risco significativamente maior de fibrilação atrial e demandam monitoramento.

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Como superar a dor causada por uma mãe abusiva

“Um indivíduo submisso sofre forte impacto na construção da sua autoestima, tem dificuldade em reconhecer seu valor”, diz psicóloga Quando se pensa na figura materna, a associação é imediata: amor incondicional, dedicação, cuidado. Mas, e quando afeto e acolhimento não existem? Apesar da ideia de uma mãe abusiva ser tão chocante que, para o imaginário coletivo, parece inverossímil, a experiência é bastante real – e dolorosa – para quem vive esse tipo de relação. Em agosto, a ex-atriz infantil Jennette McCurdy, agora com 30 anos, lançou “I´m glad my mom died” (“Feliz porque mamãe morreu”), que imediatamente se tornou um best-seller. No livro, conta que, aos 11 anos, a mãe a submeteu a uma dieta de restrição calórica para que permanecesse franzina, com aparência infantil. Também deu banho nela até os 17 anos e costumava examinar seu corpo de forma inapropriada. No entanto, só teve consciência de que era vítima de uma relação abusiva depois da sua morte, em 2013. “Primeiro fiquei devastada, depois senti uma ponta de alívio, logo seguida de culpa. Procurei ajuda e abandonei a terapeuta quando ela me disse que eu tinha sofrido abuso, porque não podia encarar a verdade”, contou em entrevistas. Jennette deu voz à sua dor numa obra libertadora, mas muitos ainda estão aprisionados neste trauma. Conversei com Simone Domingues, psicóloga especialista em neuropsicologia, com pós-doutorado em neurociências pela Universidade de Lille (França) e uma das autoras do canal @dezporcentomais, sobre o caminho da superação.

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Brasil tem redução de insetos terrestres, diz estudo da UFSCar, Unicamp e UFRGS; entenda causas

Pesquisa analisou tendência de 5 anos no declínio de insetos como abelhas, borboletas, vespas, formigas e besouros, que são considerados essenciais para ecossistema e as atividades agrícolas. Estudo da UFSCar e outras 2 universidades aponta redução de insetos como as abelhas

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Estigma dos opioides ainda afeta os cuidados paliativos

Seminário debateu resistência dos médicos em prescrever drogas que aliviam a dor mas podem causar dependência Na quinta-feira passada, assisti ao seminário “Cuidados paliativos e a dimensão do possível”, organizado pelos médicos Daniel Tabak e Claudia Burlá, na Academia Nacional de Medicina. Decidi escrever sobre três palestras com as quais muitos vão se identificar, uma vez que envolvem questões com que nos deparamos ao lidar com uma doença grave ou o fim de vida de um ente querido. Começo pela apresentação “É possível cuidar da dor sem medo dos opioides?”, feita pelo médico Henrique Parsons, professor do departamento de cuidados paliativos da Universidade de Ottawa, que tratou de um assunto delicado: a opiofobia, isto é, a resistência dos profissionais de saúde em prescrever esse tipo de substância. Seu primeiro slide mostrava um “SIM” em letras garrafais, mas com ressalvas: “é preciso formação técnica adequada, indicação precisa, disponibilidade das drogas, avaliações constantes e a educação de pacientes e familiares”, detalhou.

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Entidade luta para que medição de glicose seja incorporada ao protocolo de atendimento do SUS

Estudo alerta: homens e mulheres cujo diabetes tipo 2 foi detectado até os 40 anos têm mais chances de desenvolver doença cardiovascular No fim do ano passado, 23 organizações que defendem os direitos dos diabéticos se juntaram na Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade. A entidade acaba de lançar a campanha “A prevenção salva vidas”, sobre a importância do diagnóstico precoce, e se empenha em coletar assinaturas numa petição cujo objetivo é tentar emplacar que o teste da ponta do dedo – que mede a glicose – seja incorporado ao protocolo de atendimento de urgências e emergências do SUS. Levantamento realizado em 30 países pela empresa de pesquisa Ipsos mostrou que, durante a pandemia, um em cada dois brasileiros engordou em média seis quilos. O excesso de peso é um dos principais fatores de risco para o diabetes tipo 2 e estima-se que, no país, 8 milhões de pessoas desconhecem que são portadoras da doença.

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Resistência aos aparelhos de surdez aumenta risco de demência

“Se a gente usa óculos quando tem algum problema de visão, por que não faz o mesmo em relação à audição?”, diz médica Em seu doutorado, realizado na Universidade de Sheffield e na USP, a otorrinolaringologista Milene Bissoli dedicou-se a uma área que dá seus primeiros passos: a utilização de células-tronco para curar a surdez. Além de ser especialista no assunto, a questão a mobiliza porque deixar de ouvir é o principal fator de risco para a demência que pode ser prevenido isoladamente. No entanto, o estigma em relação aos aparelhos para surdez faz com que muitas pessoas adiem ou até descartem seu uso, apesar das evidências que ligam a perda da audição ao declínio cognitivo. O caso é tão sério que o FDA, o equivalente da Anvisa nos EUA, vai liberar a venda de próteses em farmácias, sem receita médica, a partir de outubro – o órgão calcula que apenas um quinto dos 30 milhões de norte-americanos com problemas auditivos consegue ajuda. No Brasil, o SUS oferece tratamento, mas não alcança os cerca de 10 milhões com algum tipo de deficiência. Seguem os principais trechos da nossa conversa:

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HU-UFJF oferece acompanhamento nutricional para adultos diabéticos em Juiz de Fora

Pacientes selecionados vão ter avaliação nutricional completa, além de testes de aptidão física. Isolamento provocado pela Covid-19 teve um impacto bastante negativo no aumento de peso e controle da glicemia dos portadores de diabetes tipo 2 , foto de arquivo

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O que o envelhecimento tem a ver com viagens a Marte

Encontro de especialistas em gerociência enfatizou a importância da prevenção antes do declínio funcional Acompanhei algumas palestras da nona edição do Aging Research & Drug Discovery (ARDD), que reuniu especialistas da gerociência e da medicina da longevidade em Copenhague, entre 29 de agosto e 2 de setembro. São médicos e cientistas que estudam o envelhecimento e pesquisam intervenções que possam retardar ou evitar esse processo. A que me mais me chamou a atenção foi a do geriatra James Kirkland, diretor do Centro de Envelhecimento Robert and Arlene Kogod, da Clínica Mayo, que afirmou: “nunca ouvi um paciente meu dizer que seu objetivo é viver até os 120 anos. O que todos querem é ser saudáveis, não sentir dor, se ver livres de doenças”.

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“Ainda temos que convencer as famílias sobre a importância do cuidador”, diz especialista

Formação do profissional torna-se cada vez mais relevante diante do envelhecimento da população e do aumento do número de casos de demência Sandra Rabello foi uma das responsáveis pela criação do primeiro curso de formação de cuidadores de idosos no Rio de Janeiro, em 1997, uma iniciativa da Universidade Aberta da Terceira Idade (UnATI), da UERJ. Tornou-se uma defensora incansável da profissionalização e regulamentação da atividade, cuja demanda só vem crescendo num cenário que soma o progressivo envelhecimento da população ao crescimento do número de casos de demência.

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